Rádio

Comecei em rádio aos 21 anos, em 1984, na Rádio Tropical FM, de Lajeado (RS), na época transmitindo em 90,1 FM. Daquela época, a melhor lembrança vem das noites de quartas-feiras, em que produzia e apresentava o programa Voo de Coração. Das 20 às 24 horas, era só balada romântica, em que lia recadinhos que os ouvintes trocavam entre si. Nesse período, também comecei a trabalhar com comerciais produzidos e jingles.

Em 1989, fiz parte da equipe da Gazeta, de Santa Cruz do Sul, 101,7 FM, ano em que a rádio iniciou um processo chamado “viração”, uma vez que precisava fazer frente à concorrência sempre pesada da Atlântida, que carrega consigo a máquina da RBS. Sem entrar em qualquer mérito ou demérito disso ou daquilo, foi muito estimulante preparar material em áudio e levar a rádio pra todos os lugares, na cidade e na região. Muitas saudades.

Os Fantásticos anos 90

No ano seguinte fui trabalhar na concorrência, mas em outra cidade, Santa Maria. Foram poucos meses de Atlântida 94,3 FM, mas que me renderam amizades até os dias atuais. Essa rádio sempre primou por muito profissionalismo, e ensinava boas lições pra quem ainda não era veterano na carreira. Fiquei pouco tempo na ATL porque ganhei um convite irrecusável pra outra rádio de Santa Maria mesmo, a que a frequência dava o nome: 107 A RAZÃO. Eu era fã da rádio ainda antes de trabalhar lá. Estúdio no terraço de um edifício, uma equipe só de gente boa, um luxo! Daí passei no vestibular e vim de muda pra Caxias. Em fevereiro de 1991 e fui trabalhar na Radio São Francisco AM, 560 Khz. Experiência fantástica de produzir notícia e apresentar um importante programa de rádiojornalismo diariamente. Pra quem só havia feito programas musicais, foi de fato um acréscimo de currículo, do qual me beneficio em todos os momentos até hoje.

Entretanto, a grande experiência em rádio foi entre setembro de 1991 e abril de 2000, minhas respectivas datas de ingresso e saída da STUDIO 93,5 FM. A Studio começou sendo boa, mas quando recebeu a (sempre pesada) concorrência da Atlântida (a partir de 1993), precisou reinventar-se. E fez isso! Além dos programas, tive oportunidade de operar uma produtora e de lá planejar e executar desde simples vinhetinhas a músicas temáticas, divertidas, carismáticas, marcantes. Não é à toa que até hoje as pessoas lembram da rádio com muito carinho. Aqui tem links para assistir/ouvir um pouco do que foi a Studio 93 em sua plenitude nos 90:

A nova década, o novo século, o novo milênio

A saída da Studio foi traumática e talvez por isso levei 4 anos até me recuperar do golpe. Mas valeu a pena, pois ingressar na UCS 106,5 FM, em 2004, e fazer parte da equipe foi também uma experiência muito legal. Uma rádio com critérios “educativos” sempre será diferente, muito embora esse adjetivo possa ser subjetivo, com o perdão do eco. Em 2010, em função de exigências contratuais de outra área profissional, obriguei-me a abandonar a carreira. Digo abandonar porque creio que seja impossível encerrar tranquilamente uma atividade tão prazerosa quanto a de ser radialista.

Desde então, tornei-me “consultor voluntário” (pra não usar a expressão metido) e desde 2019 venho gravando um podcast chamado CANÇÕES DO SUL DO MUNDO. Já ouviste alguma edição? - Lá eu misturo tudo aquilo que julgo interessante em termos musicais daqui das nossas plagas. Te convido a ouvir. Deixo aqui o link da página no Facebook. Nas postagens tu encontras o link de cada rádio e os horários em que o programa toca em cada uma.
Canções do Sul do Mundo | Facebook
E bem em breve vai estrear, sob minha responsabilidade, a Web Radio MapaMundi, um projeto que já venho sonhando há alguns anos. Mas deixo pra falar sobre isso quando chegar o momento certo, que será logo...